A lesão da medular espinal é um dos mais graves acometimentos que pode afetar o ser humano e com enorme repercussão física, psíquica e social. Chamamos de lesão medular toda injúria às estruturas contidas no canal medular (medula, cone medular e cauda equina), podendo levar a alterações motoras, sensitivas, autonômicas e psicoafetivas.
Estas alterações se manifestarão principalmente como paralisia, alteração de tônus muscular, alteração dos reflexos superficiais e profundos, alteração ou perda das sensibilidades (tátil, dolorosa, de pressão, vibratória e proprioceptiva), perda de controle esfincteriano, disfunção sexual e alterações autonômicas.
No Brasil, a incidência de trauma raquimedular é de 40 casos novos/ano/milhão de habitantes, sendo que destes 80% das vítimas são homens.
Dentre as etiologias mais importantes para a lesão medular, no Brasil, citam-se: acidentes de trânsito, acidentes por arma de fogo, quedas de altura, mergulhos em águas rasas e agressões, sendo que as duas primeiras oscilam entre primeiro e segundo lugar.
Como todo tipo de trauma, não há remédio ou vacina que reduza as chances de ele ocorrer; porém, pelas estatísticas, há muitas causas evitáveis que levam ao TRM e é por meio do comportamento humano que se pode agir para evitá-lo, implantando campanhas de conscientização para a população.
É notório que o trauma raquimedular representa um problema de saúde pública, sendo visto o grande impacto que suas consequências podem causar na vida do traumatizado e de sua família, podendo até mesmo levar à morte e incapacidade. No entanto, diversas causas podem ser facilmente evitáveis com medidas educativas que visem a prevenção desse tipo de trauma, podendo reduzir significativamente os casos de TRM, preservando a vida e autonomia dos indivíduos.
Fontes: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_lesao_medular.pdf
https://www.sanarmed.com/trauma-raquimedular-a-prevencao-ainda-e-o-melhor-tratamento