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O mais abrangente levantamento estatístico de câncer no mundo (GLOBOCAN), divulgado pela International Agency for Research on Cancer (IARC), da Organização Mundial de Saúde (OMS), indica que o câncer de próstata (CP) é o tipo mais frequentemente diagnosticado em homens de 105 países, seguido pelo câncer de pulmão e câncer de fígado. Maiores taxas de incidência concentram-se em países desenvolvidos, tais como Austrália/ Nova Zelândia, Europa Ocidental e América do Norte e as justificativas relacionam-se aos métodos diagnósticos disponíveis e políticas de detecção precoce. No Brasil, desconsiderando os tumores de pele não melanoma, o CP lidera o ranking dos tipos de câncer mais prevalentes em homens em todas as regiões, representando cerca de 10% do total de todos os cânceres.
Embora, os dados nos mostrem altos índices de diagnóstico, o CP apresenta boa expectativa de vida quando diagnosticado precocemente. As opções terapêuticas são abrangentes e variam de acordo com diversos aspectos, como o estágio do câncer, estado de saúde geral, expectativa de vida e preferências do paciente. Atualmente, são estabelecidas a vigilância ativa, radioterapia, braquiterapia, crioterapia e a cirurgia de retirada da próstata (radical ou parcial). A cirurgia, conhecida como Prostatectomia Radical (PR), é indicada como procedimento padrão-ouro para o tratamento do CP e consiste na retirada da glândula prostática e vesículas seminais.
Assim como em todo procedimento cirúrgico, na PR existe o risco de complicações, mesmo que temporariamente, o que pode interferir de forma negativa na Qualidade de Vida (QV) destes pacientes. Tais complicações podem ser imediatas ou a longo prazo, como a Incontinência Urinária (IU) e a Disfunção Erétil (DE). Ambas as complicações podem gerar efeitos negativos na vida dos pacientes submetidos a PR, os quais, por consequência, podem apresentar alterações psicossociais, tais como a presença de ansiedade e depressão e baixa da autoestima, fatores estes que acarretam em alterações na QV destes homens. Pressupõe-se que estas alterações sejam resultado de um sentimento de incerteza em como lidar com as mudanças físicas e sociais decorrentes de consequências do tratamento.
Fonte: – http://www.revenf.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002019000200169