Instituída pela Lei 11.736/.2.008, o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer tem o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a importância da participação de familiares e amigos nos cuidados dispensados aos portadores da doença.
No Brasil, estima-se que existam 1,2 milhão casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico e, no mundo, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a Doença de Alzheimer.
A doença, descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915), se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.
É caracterizada pela piora progressiva dos sintomas, entretanto, muitos pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade. A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases: leve, moderada e grave.
Fase leve: Podem ocorrer alterações como perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, perda de iniciativa e de motivação, agressividade, diminuição do interesse por atividades e passatempos.
Faze moderada: Na fase moderada, são comuns dificuldades mais evidentes com atividades do dia a dia, com prejuízo de memória, como esquecimento de fatos importantes e de nomes de pessoas próximas; incapacidade de viver sozinho, incapacidade de cozinhar e de cuidar da casa, de fazer compras; dependência importante de outras pessoas, necessidade de ajuda com a higiene pessoal e autocuidados; maior dificuldade para falar e se expressar com clareza; alterações de comportamento (agressividade, irritabilidade, inquietação);
Fase grave: Na fase grave, observa-se prejuízo gravíssimo da memória, com incapacidade de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de informações antigas como, reconhecimento de parentes, amigos, locais conhecidos; dificuldade para alimentar-se associada a prejuízos na deglutição; dificuldade de entender o que se passa a sua volta; dificuldade de orientar-se dentro de casa. Pode haver incontinência urinária e fecal e intensificação de comportamento inadequado. Há tendência de prejuízo motor, sendo necessário auxílio para caminhar.
Tratamento:
As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento de drogas para o seu tratamento, cujos objetivos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Porém, não existe cura para a Doença de Alzheimer.
Muitos são os profissionais que cuidam de pessoas com Doença de Alzheimer. Além de médicos (geralmente neurologistas, geriatras, psiquiatras ou clínicos gerais), há atuação de outros profissionais de saúde: psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores, educadores físicos, assistentes sociais e dentistas.
Prevenção:
O estilo de vida é muito importante para prevenir o Alzheimer. Quanto mais cedo houver uma mudança de hábitos, mais fácil minimizar o problema. Algumas dicas:
• estimular o cérebro: mantenha o cérebro ativo aprendendo algo novo: um idioma, um instrumento, palavras cruzadas, etc. A leitura também é um ótimo hábito para o cérebro reter informações, treinando várias funções;
• exercitar-se: para esta faixa etária recomenda-se a prática de natação, caminhada ou até mesmo subir escadas em vez de ir de elevador;
• ter uma alimentação saudável e balanceada: vegetais, peixes e frutas têm ótimos nutrientes para o cérebro, assim como óleos vegetais ricos em Ômega 3;
• controlar o diabetes e a pressão arterial: os dois problemas são comuns nesta faixa etária e podem aumentar o risco de Alzheimer e de outros tipos de demência em até 50%;
• tomar sol ou suplementar com Vitamina D: um estudo publicado em agosto de 2.014 na revista Neurology apontou que as pessoas com idade avançada que não recebem quantidades suficientes de vitamina D correm mais riscos de apresentar demência.