O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que sua utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for um antibiótico, por exemplo, a atenção deve ser sempre redobrada, pois o uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos comprometendo a eficácia dos tratamentos.
No Brasil, embora haja regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para a venda e propaganda de medicamentos que possam ser adquiridos sem prescrição médica, não há regulamentação nem orientação para aqueles que os utilizam. O fato de se poder adquirir um medicamento sem prescrição não permite o indivíduo fazer uso indevido dele, isto é, usá-lo por indicação própria, na dose que lhe convém e na hora que achar conveniente.
A variedade de produtos fabricados pela indústria farmacêutica, a facilidade de comercialização de remédios, a própria cultura, a comodidade assimilada pela sociedade que vê na farmácia um local onde se vende de tudo, a grande variedade de informações médicas disponíveis, sobretudo em sites, blogs e redes sociais, são fatores que contribuem para a automedicação.
Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.
O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
Fonte:
SCIELO: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400001
BVS: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/255_automedicacao.html