Colaboradores do GRUPO MAST criam pílulas de motivação e juntamente com o RH divulgam a todos.
O ser humano é o bicho da inovação
Autoria: Stephanie Figueiredo Urbano
“São casas de areia, para o mar desmanchar
E tudo é sonho até você perceber
Que na verdade, somos pó de estrela
Iluminamos depois de escurecer.”
(Pó de Estrela – Chino)
No mundo da indústria, das organizações, start-ups ou de qualquer empresa, usamos constantemente o conceito de inovação. Inovar significa fazer algo como não era feito antes, tornar novo; renovar, restaurar. Para esses ambientes, pensar em inovar faz todo o sentido, pois esses locais são aqueles que demandam a melhoria contínua dos processos, para fazer melhor, de forma mais rápida, ágil e com menos perdas. De forma automática, então, remetemos a palavra inovação à tecnologias, robotização, inteligência artificial, à indústria 4.0, ao Lean e aos processos. Mas, e quando precisamos inovar nas relações? E quando somos levados, de forma quase coagida, a reinventar nossa forma de se portar no mundo uns com os outros? Como será a nossa forma de encarar este desafio?
Talvez, começando a enxergar ele como realmente é: um desafio diante de um incômodo para nossa existência.
Se na história tivemos dificuldades para carregar mantimentos, inventamos a roda. Para facilitar nossa caça e construção de abrigos, criamos ferramentas. Para compartilhar informações, nos comunicar e matar a saudade de quem está longe, criamos telefones e, mais recentemente, a internet. Todas as grandes invenções da humanidade vieram para sanar dificuldades.
Sim, inovar significa fazer algo como não era feito antes, mas também está em sua definição o restaurar. Talvez, podemos agora inovar e restaurar a relação que temos com a nossa casa, seja ela a material, com cômodos, móveis e panelas, seja a corporal, esse recipiente de carne, ossos e água que usamos para nos colocar no mundo. Podemos inovar e restaurar a forma de nos relacionar com nossos filhos, pais e bichos de estimação, estando com eles diariamente. Precisaremos inovar e restaurar a forma como falamos uns com os outros, para que sejamos melhor compreendidos. Seremos obrigados a demonstrar afeto de novas formas, já que não poderemos estar tão próximos no toque.
Claro que nada disso virá sem etapas de dor e desconforto, mas quem trabalha com inovação sabe que é assim não é?! Tentativa e erro. O mais importante, em todo caso, é o modo criativo como as pessoas e as instituições, irão reinventar estas novas relações no período de quarentena.
Por sorte, nós homo sapiens, apesar de nossa fragilidade corporal, somos os seres mais inventivos, curiosos e mutantes deste planeta. Reinventar-se é a maneira fundamental de relacionar consigo mesmo, para que a vida se torne um canteiro de oportunidades, de possibilidades que levem o ser humano a ser esse bicho que tudo cria, recria, refaz e redefine. Assim, é preciso insistir na pergunta: o que diante de tais potencialidades podemos e devemos fazer para nos reinventar?
No fim, a única certeza, hoje e sempre, é que o futuro da humanidade pertence à própria humanidade.
P.S.: Gostou dos versos que estão no começo do texto? São de uma música que é uma delícia de ouvir. Deixo abaixo um QR Code para você acessá-la.