
Os planos de saúde corporativos são indispensáveis para muitas empresas, mas escolher entre as modalidades pré-pago e pós-pago pode ser desafiador. Neste artigo, você entenderá as principais vantagens e desvantagens de cada opção e descobrirá qual delas pode ser mais adequada ao perfil da sua organização.
O Pós-Pagamento como Tendência em Redução de Custos
O pós-pagamento tem ganhado atenção de médias e grandes empresas devido à possibilidade de redução de custos de até 30% no primeiro ano. Isso é possível graças ao período conhecido como run-in – o intervalo entre a utilização do plano e o pagamento dos sinistros. Nos primeiros três meses, geralmente, não ocorre o pagamento integral do uso do plano.
Outro diferencial é que os planos pós-pagos não estão sujeitos a reajustes baseados na sinistralidade e na variação de custo médico-hospitalar (VCMH), comuns nos planos pré-pagos.
No entanto, para aderir ao pós-pagamento, é necessário que a empresa atenda a certos requisitos, como:
- Assumir o risco dos sinistros.
- Estabelecer regras claras para a concessão de benefícios.
- Criar um comitê de decisão para casos excepcionais.
- Estar preparada para reportar grandes oscilações de custos à matriz.
- Subsidiar programas de controle, como auditorias e ações de prevenção.
- Formar reservas financeiras para cobrir oscilações nos custos.
- Implantar um sistema de gestão de fluxo de caixa.
Entendendo o Pré-Pagamento e o Pós-Pagamento: Como Cada Modelo Funciona
1. Pré-Pagamento
A maioria das empresas opta por planos de saúde no modelo pré-pago. Nesse formato:
- Um valor fixo é pago mensalmente à operadora por beneficiário, cobrindo os serviços contratados.
- Os valores são ajustados anualmente, com base no índice financeiro (geralmente o VCMH) e na sinistralidade, caso ultrapassem o ponto de equilíbrio, geralmente de 70%.
- A margem administrativa da operadora pode chegar a 20% ou até 30%, dependendo do limite técnico estabelecido para a sinistralidade.
2. Pós-Pagamento
No modelo pós-pago:
- A empresa paga pelos serviços efetivamente utilizados pelos beneficiários, acrescidos de uma taxa administrativa.
- A margem administrativa é menor, cerca de 10% dos custos totais.
- É possível personalizar coberturas além do Rol da ANS, adaptar a rede de atendimento e criar condições de reembolso mais flexíveis.
Comparativo: Pré ou Pós-Pago?
Critério | Pré-Pago | Pós-Pago |
Forma de Pagamento | Mensal fixo por beneficiário | Com base no uso real + taxa administrativa |
Margem Administrativa | Até 30% | Cerca de 10% |
Reajustes | Anuais, com base na sinistralidade e VCMH | Não há reajustes por sinistralidade |
Customização de Coberturas | Limitada | Alta |
Risco da Empresa | Baixo | Alto |
Necessidade de Reservas | Não | Sim |
Qual Escolher?
A escolha entre o pré-pagamento e o pós-pagamento depende de fatores como:
- Perfil da Empresa: Número de beneficiários, histórico de uso do plano e presença de casos crônicos.
- Gestão Financeira: A empresa está pronta para absorver os riscos de oscilações nos custos?
- Estrutura Operacional: Possui um comitê para decisões estratégicas e programas de controle?
O modelo pós-pago pode ser ideal para empresas maduras, que têm histórico de gestão eficiente e estão preparadas para lidar com a imprevisibilidade dos custos. Já o pré-pago é mais seguro para organizações que preferem estabilidade e previsibilidade.
Dicas para Decidir
Antes de migrar ou escolher uma modalidade, avalie:
- O histórico de utilização do plano.
- As regras de cada modalidade, como coberturas e reajustes.
- O impacto financeiro para a organização.
- A possibilidade de implantar ações preventivas para reduzir custos.
Ao realizar essa análise, sua empresa terá uma visão clara das vantagens e desafios de cada modelo e poderá optar pelo mais adequado.