A ANS também atualizou o Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar com os dados de 2024, fornecendo uma análise da concentração de mercado no setor de planos de saúde. Observou-se uma melhoria contínua nos índices de concentração especificamente no segmento de planos coletivos empresariais (aqueles contratados por empresas para seus funcionários). Na prática, isso significa que mais mercados regionais apresentaram concorrência equilibrada entre operadoras, reduzindo a dominância de uma ou poucas empresas.
De acordo com os dados, a proporção de mercados menos concentrados (com maior diversidade de operadoras disputando beneficiários) aumentou para 16,22%, enquanto a parcela de mercados excessivamente concentrados (dominados por poucas operadoras) caiu para 2,7%. Em outras palavras, houve um avanço no número de regiões ou segmentos em que há mais opções de escolha de operadoras de plano de saúde para as empresas. Esse movimento indica um mercado mais competitivo no âmbito dos planos corporativos, tendência favorável para os contratantes. Vale notar que, segundo a ANS, nos planos individuais a tendência foi oposta (a concentração aumentou) e nos planos coletivos por adesão (ex.: planos de associações ou sindicatos) o nível de concentração manteve-se estável. Contudo, no universo dos planos empresariais – foco das empresas contratantes – o cenário é de maior competição entre operadoras, o que pode levar a melhores condições de preço e serviço graças à disputa por clientes corporativos.
Impactos Positivos para Empresas Contratantes
Para os executivos e gestores de benefícios responsáveis por contratar planos de saúde corporativos, os resultados divulgados trazem perspectivas encorajadoras. Em suma, o setor de saúde suplementar mais equilibrado financeiramente e competitivo reflete em diversos benefícios práticos:
- Sustentabilidade Financeira do Setor: Operadoras com resultados positivos e sustentabilidade financeira reforçada estão mais preparadas para honrar compromissos assistenciais e investir em melhoria de serviços. Isso reduz riscos de descontinuidade no atendimento aos colaboradores e de problemas como insolvência de operadoras. Para a empresa contratante, significa poder contar com parceiros de plano de saúde mais confiáveis e estáveis a longo prazo.
- Previsibilidade e Planejamento de Custos: Com a recuperação econômica do setor e sinistralidade controlada, espera-se um ambiente de maior previsibilidade nos reajustes anuais de planos. Reajustes ainda podem ocorrer, mas tendem a ser mais alinhados com índices esperados, sem surpresas extremas. Dessa forma, as empresas ganham em planejamento, conseguindo prever melhor os custos de assistência à saúde dos funcionários no orçamento e evitar aumentos inesperados que pressionem as finanças da companhia.
- Maior Competitividade e Opções de Escolha: A queda na concentração de mercado nos planos empresariais significa que, em muitas regiões e segmentos, há mais operadoras disputando clientes corporativos. Esse cenário de concorrência ampliada favorece as empresas na negociação de contratos de plano de saúde. Com mais opções disponíveis, é possível comparar propostas, preços e redes de atendimento, escolhendo aquela que ofereça o melhor custo-benefício e se adeque
- às necessidades dos funcionários. Também força as operadoras a inovar e melhorar serviços para reter clientes, o que pode elevar a qualidade do suporte de saúde oferecido aos colaboradores.
Em resumo, os dados de 2024 apontam para um setor de planos de saúde financeiramente saudável e em trajetória de equilíbrio, o que é uma boa notícia para quem contrata esses planos. A ANS, como órgão regulador, ressalta que continuará monitorando de perto esses indicadores para assegurar que a recuperação econômica do setor não comprometa o equilíbrio entre receitas e despesas assistenciais nem a qualidade do atendimento aos beneficiários. Para as empresas, o cenário atual sugere um horizonte mais estável na gestão de benefícios de saúde, com parceiros de negócio (operadoras) mais robustos e um mercado mais favorável à busca de soluções adequadas e sustentáveis.
Fonte dos dados: Agência Nacional de Saúde Suplementar – Divulgação dos Dados Econômico-Financeiros de 2024. Todas as informações acima foram extraídas e adaptadas a partir do material oficial da ANS, publicado em 18/03/2025, e do Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar. As explicações e interpretações têm foco informativo e visam esclarecer o significado prático dos indicadores para gestores e executivos de empresas.
