
Para facilitar a leitura dos dados divulgados pela ANS e apoiar as empresas na tomada de decisão, preparamos uma explicação objetiva de alguns indicadores técnicos que ajudam a traduzir a saúde financeira das operadoras de planos de saúde. Confira:
🔹 Resultado Operacional
Mede se a operadora teve lucro ou prejuízo com sua atividade principal: oferecer assistência à saúde.
📊 Como é calculado? Receita das mensalidades menos despesas assistenciais, administrativas e operacionais.
📌 Por que isso importa para sua empresa?
Quando o resultado é positivo, significa que a operadora conseguiu cobrir seus custos com o que arrecada, sem depender de receitas financeiras ou reservas. Isso indica uma operação sustentável, o que reduz a necessidade de reajustes expressivos e garante maior previsibilidade para o contratante do plano.
🔹 Sinistralidade
É a proporção da receita que foi usada para cobrir os custos assistenciais dos beneficiários.
📊 Exemplo prático: Uma sinistralidade de 82% significa que, de cada R$ 100 recebidos, R$ 82 foram gastos com atendimento médico.
📌 Por que acompanhar esse número?
Uma sinistralidade muito alta (acima de 90%) indica que a operadora está operando no limite – e isso pode gerar aumento de preços ou corte de serviços.
Já uma sinistralidade equilibrada ou em queda, como observamos em 2024, sinaliza capacidade de investimento e estabilidade nos reajustes, o que é positivo para as empresas na hora de renovar contratos ou negociar melhorias de cobertura.
🔹 Concentração de Mercado
Avalia o nível de competitividade em determinada região ou segmento de planos de saúde, com base na presença de grandes operadoras.
📊 Indicador técnico utilizado: Índice Herfindahl-Hirschman (HHI), usado para medir a concentração em mercados relevantes definidos pela ANS.
📌 Por que isso afeta sua negociação?
Mercados muito concentrados têm pouca competição, o que pode limitar escolhas e enfraquecer o poder de barganha.
Por outro lado, em regiões ou nichos menos concentrados, como tem ocorrido no segmento empresarial, há mais concorrência entre operadoras, o que amplia as alternativas e cria condições mais favoráveis para negociar preço, rede credenciada e serviços adicionais.

Esses indicadores são ferramentas estratégicas para qualquer gestor de benefícios. Entendê-los significa estar um passo à frente nas negociações e nas decisões sobre o cuidado com a saúde dos colaboradores.