
Coparticipar não deve ser sinônimo de limitar. Com planejamento, a coparticipação pode se tornar um instrumento poderoso de consciência em saúde, equilíbrio financeiro e promoção de bem-estar.
Em um cenário de constante aumento nos custos assistenciais, o modelo de coparticipação — no qual o colaborador paga um valor proporcional ao uso do plano — tem sido adotado como forma de compartilhar responsabilidades e reduzir sinistralidade. No entanto, quando mal estruturada, essa ferramenta pode gerar sensação de punição, afastamento do cuidado e até judicializações.
Por outro lado, empresas mais estratégicas estão reformulando esse modelo e utilizando a coparticipação como um mecanismo educativo, que promove escolhas mais conscientes e valoriza o uso inteligente dos recursos de saúde.
💡 Como tornar a coparticipação um aliado da gestão de saúde?
- Criar exceções estratégicas: isentar consultas preventivas, exames periódicos ou programas de atenção primária
- Estimular o uso de canais digitais, telemedicina, triagem remota e reembolso assistido
- Comunicar com clareza e empatia, explicando que o objetivo não é punir, mas educar para um uso mais racional e responsável
- Monitorar indicadores como frequência de uso, abandono de tratamentos e custos evitáveis
📌 Vantagens para a empresa
- Maior previsibilidade orçamentária
- Redução de desperdício assistencial e uso indevido do plano
- Criação de uma cultura de autonomia e responsabilidade no cuidado com a saúde
- Engajamento mais ativo dos colaboradores nos programas de prevenção e qualidade de vida
📊 Dica de gestão:
Ao rever ou renegociar seu modelo de coparticipação, o RH deve considerar:
- A composição etária e clínica do grupo
- A clareza da comunicação com os colaboradores
- A presença de relatórios de uso detalhados fornecidos pela operadora ou corretora
- A possibilidade de recompensas, bônus ou incentivo para quem participa de programas preventivos