
Pode parecer contraditório, mas é mais comum do que se imagina: beneficiários de planos de saúde também utilizam o SUS. Segundo dados da ANS, no primeiro trimestre de 2025, as operadoras repassaram R$ 159,3 milhões ao Fundo Nacional de Saúde como forma de ressarcimento por procedimentos realizados na rede pública.
🤔 Mas por que isso acontece?
Algumas situações explicam essa sobreposição:
- Falta de cobertura: nem todo procedimento está incluso no plano (ex: transplantes, alguns medicamentos de alto custo).
- Urgência/emergência fora da rede: em casos graves, o atendimento mais próximo pode ser pelo SUS.
- Indisponibilidade de agenda na rede credenciada.
- Beneficiário opta por usar o SUS, mesmo tendo direito a atendimento pelo plano.
💸 E quem paga por isso?
A ANS monitora esse uso cruzado. Quando um beneficiário de plano realiza um procedimento de alta complexidade no SUS, a operadora é obrigada a ressarcir os cofres públicos — esse valor é posteriormente embutido nos custos do setor, podendo impactar nas mensalidades.
✅ O que podemos fazer?
- Exigir atendimento dentro da rede contratada;
- Entender bem o que está coberto no seu plano;
- Utilizar canais como SAC e Ouvidoria antes de recorrer ao SUS;
- Cobrar das operadoras agilidade e disponibilidade real de rede.
Essas atitudes fortalecem o uso consciente dos recursos e ajudam a equilibrar o sistema como um todo.




